terça-feira, 14 de setembro de 2021

MÓDULO 32 - CONCORDÂNCIA VERBAL E CONCORDÂNCIA NOMINAL

 • A concordância verbal é a igualdade de flexões de pessoa e número entre o sujeito e o verbo. Regra básica de concordância verbal na linguagem formal ou culta escrita: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número.

• A concordância nominal é a igualdade de flexões de gênero e número entre o substantivo e as palavras que a ele se referem, conhecidas como determinantes (adjetivo, numeral, artigo e pronome adjetivo). Regra básica na linguagem formal ou culta escrita: palavras que se associam ao substantivo (ou ao pronome substantivo) concordam com ele em gênero e número.

• A ordem dos termos na frase não altera a obrigatoriedade das concordâncias verbal e nominal.

• A revisão dos próprios textos escritos, com atenção especial à concordância, é um procedimento importante para o cumprimento das regras da gramática normativa.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

terça-feira, 31 de agosto de 2021

AULAS 31 32 - Orações subordinadas adjetivas: descrição, norma e operações de sentido

 AULAS 31 32 - Orações subordinadas adjetivas: descrição, norma e operações de sentido






29. EMPREGO DE VERBOS: MODO SUBJUNTIVO, MODO IMPERATIVO E FORMAS NOMINAIS

29. EMPREGO DE VERBOS: MODO SUBJUNTIVO, MODO IMPERATIVO E FORMAS NOMINAIS


 • O emprego do modo verbal evidencia a atitude do falante em relação ao evento de que ele fala. O falante usa o modo indicativo quando avalia o evento como real ou certo.

• O falante usa o modo subjuntivo quando avalia o evento como duvidoso, hipotético ou irreal.

• A correlação verbal resulta da coerência entre o tempo do verbo da oração principal e o da oração subordinada.

• O falante usa o modo imperativo quando deseja comunicar ao interlocutor uma ordem, um conselho, um pedido, uma sugestão, um convite.

• As nuances do imperativo e das formas de comando são expressas pelo acréscimo de expressões de cortesia (ou de polidez) ou pelo uso do presente ou do futuro do indicativo, do imperfeito do subjuntivo ou de formas do verbo querer.

• As formas nominais são três:

– o infinitivo (forma terminada em -r) é a forma nominal que representa o verbo; nomeia uma ação

ou um estado, por isso tem valor de substantivo. É chamado de impessoal quando não se refere a nenhuma pessoa gramatical, ou seja, não tem sujeito. O infinitivo pessoal possui desinências para as três pessoas do plural (nós, vós, eles) e para a 2ª do singular (tu).

o gerúndio (forma terminada em -ndo) tem valor de advérbio ou de adjetivo e, basicamente, expres-

sa uma ação em curso.

o particípio (forma terminada em -do) apresenta o resultado do processo verbal; tem valor de adjetivo.

MÓDULO 31 - CRÔNICA HUMOR E PARÓDIA

MÓDULO 31 - CRÔNICA HUMOR E PARÓDIA 

• A crônica jornalística de humor pode lançar mão de variados expedientes para atingir seus objetivos (expectativa e surpresa, exagero, nonsense, caricatura, jogos de palavras, subentendidos, etc.).

• Um dos procedimentos comuns para se realizar o humor crítico (sátira) é a subversão de um texto (texto-fonte) por meio da paródia.

• Paródia é a recriação de um texto (ou de um gênero textual) com finalidade crítica, produzindo efeitos cômicos e satíricos.

• Os efeitos de humor da paródia só são atingidos se o leitor conhece o texto-fonte.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

MÓDULO 14 - VARIAÇÃO E GRAMÁTICAS: CORREÇÃO E ADEQUAÇÃO

 MÓDULO 14 - VARIAÇÃO E GRAMÁTICAS: CORREÇÃO E ADEQUAÇÃO




Dois registros, diferentes maneiras de falar: as variedades padrão e popular devem ser adotadas em situações linguísticas distintas

O ser humano adora conversar! O tempo todo estamos falando com alguém nas mais diversas situações comunicacionais. Quando utilizamos o código, que é a língua portuguesa, envolvemos inúmeras operações mentais que nos levam a escolher o vocabulário e até mesmo um jeito mais apropriado de falar, e esse jeito pode variar de acordo com a situação na qual estamos envolvidos.

Somos poliglotas, mesmo quando dominamos uma única língua. Isso acontece porque os falantes possuem uma grande capacidade de adaptarem-se em diferentes contextos, fazendo usos diferentes de um mesmo idioma. Na escola, conversando com os amigos, fazemos uso de uma determinada linguagem; quando falamos com a professora ou com o professor, a linguagem sofre algumas modificações, ficando mais formal e até mais respeitosa. Essa capacidade de “falar diferente” é chamada de adequação linguística. Mas será que você sabe o que é adequação linguística?

Nossa fala comporta-se de maneiras diferentes: com nossos amigos, usamos a linguagem coloquial. Em situações formais, preferimos a linguagem padrão

A adequação linguística é a habilidade que os falantes possuem de adaptar a linguagem de acordo com a necessidade do momento. Podemos optar por dois diferentes registros da língua portuguesa: a variedade padrão ou a variedade popular, também conhecida como linguagem coloquial. Cada uma dessas variedades deve ser empregada em situações específicas, e ambas, sem distinção, funcionam bem, cumprindo papéis específicos na comunicação. Observe um exemplo de adequação linguística que foi questão de prova do Exame Nacional do Ensino Médio no ano de 2009:

Gerente: — Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?

Cliente: — Estou interessado em financiamento para compra de veículo.

Gerente: — Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?

Cliente: — Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.

Gerente: — Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna.
São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).

Você observou que a maneira de falar da gerente sofreu uma grande alteração quando ela reconheceu no cliente um amigo? Antes de saber que falava com o colega, ela adotou a variedade padrão, registro que apresenta um discurso mais formal, próprio das relações profissionais e de momentos em que não conhecemos bem nosso interlocutor. Contudo, depois que o amigo se identificou, ela alterou o registro, preferindo a linguagem coloquial, cuja principal característica é a descontração e a informalidade. Agora, observe o que pode acontecer quando não adequamos a linguagem à situação comunicacional:


Para sermos poliglotas em nossa própria língua, é preciso ficar atento à adequação linguística

Observando o diálogo entre Calvin e a mãe, podemos dizer que ele fez uso da adequação linguística? Certamente não! O uso de uma linguagem formal e cheia de palavras “difíceis” contribuiu para o efeito de humor da tirinha, exemplificando bem que para cada momento existe uma maneira mais adequada de falar. Na nossa casa, com nossa família, ou na escola, com nossos amigos, é normal que a coloquialidade seja adotada no discurso. No entanto, em situações que exigem um discurso mais formal, devemos abrir mão de gírias e outras expressões próprias da coloquialidade, preferindo a variedade padrão. Portanto, fique atento, comunique-se com eficiência e adequação!


Por Luana Castro
Graduada em Letras





terça-feira, 10 de agosto de 2021

26. EMPREGO DE VERBOS: MODO INDICATIVO

 26. EMPREGO DE VERBOS: MODO INDICATIVO


• Os verbos são palavras que se caracterizam e se diferenciam por terminações (ou desinências), que indicam modo, tempo, pessoa e número. Essas terminações se juntam ao radical dos verbos, que é a parte que contém o significado básico da palavra.

• Características da classe dos verbos:

– Modo: indica as diferentes atitudes do enunciador (quem fala ou escreve) com relação à ação ou ao processo que enuncia. São três: indicativo, subjuntivo, imperativo.

– Formas nominais: infinitivo (desinência -r), gerúndio (desinência -ndo), particípio (desinência -do).

– Tempo: indica o momento em que o evento – ou o estado – ocorre como anterior (passado), simul-

tâneo (presente) ou posterior (futuro) em relação ao momento da fala.

– Pessoa: está relacionada aos sujeitos envolvidos no discurso.

– Número: responsável pela concordância do verbo com o sujeito no singular ou no plural.

– Vogal temática: identifica a 1ª conjugação (-a-), a 2ª conjugação (-e-) e a 3ª conjugação (-i-). Serve de

ligação entre uma raiz ou radical e a terminação.

A raiz ou radical + vogal temática constitui o tema do verbo ou da forma verbal.

• Do ponto de vista sintático, o verbo organiza a oração por meio da concordância com o sujeito,

da transitividade, da regência e da voz; do ponto de vista semântico, os verbos podem indicar ação,

transformação, fenômenos naturais, fatos, estado, localização, etc.

• A locução verbal é a combinação de um verbo auxiliar flexionado com uma das formas nominais:

infinitivo, gerúndio ou particípio do verbo principal.

As formas com verbos auxiliares podem marcar a duração de uma situação, indicando pontos de vista

diversos sobre ela.

• O presente simples pode exprimir: um evento que se prolonga até o momento da fala (Gosto de ler histórias policiais.); um evento habitual (Levanto-me diariamente às sete horas.); uma característica ou estado permanentes (O diamante é resistente.); uma verdade geral e atemporal (A dengue deve ser tratada.); um evento passado quando se quer atribuir vivacidade e atualidade ao enunciado (D. Pedro proclama a independência do Brasil em 1822.). O presente progressivo, formado pelo verbo auxiliar estar + o gerúndio do verbo principal (eu estou cantando), indica um evento visto como simultâneo ao momento da fala.

• O futuro simples é atualmente empregado apenas na linguagem escrita formal. Na fala, foi substituído

pelo futuro composto, em que se combina o verbo auxiliar ir com o infinitivo.

• O futuro do pretérito, conhecido como condicional, expressa um evento que ocorreria sob determi-

nadas condições.

• O pretérito perfeito do indicativo encara o evento como ocorrido em um tempo anterior ao momento

da fala e o dá como concluído.

• O pretérito imperfeito do indicativo situa o evento no passado (momento anterior ao momento da fala), dando-o como habitual, mas não o apresentando como concluído.

• O pretérito perfeito composto é formado pelo auxiliar ter no presente do indicativo mais o particípio

do verbo principal e expressa um evento que teve início no passado e continua até o presente.

• O mais-que-perfeito composto apresenta um evento situado no passado e anterior a outro, também

no passado. É formado pelo verbo ter ou haver no imperfeito do indicativo mais o particípio do verbo

principal, forma que predomina sobre o mais-que--perfeito simples, atualmente em desuso. 




segunda-feira, 9 de agosto de 2021

AULAS 27 E 28 - COESÃO TEXTUAL

 

 

Esse trecho faz parte do samba-canção “Último desejo”, escrito por Noel Rosa. Noel o compôs quase no fim da vida, na década de 1930, em homenagem à corista Ceci, com quem teve um romance memorável. Era uma canção de despedida de Ceci. Segundo o seu biógrafo, “Um samba-canção que, a começar pelo título, ‘Último desejo’, tem a força de um testamento”. O mesmo biógrafo adverte que “Último desejo” era também uma despedida da vida, pois o compositor morreria logo a seguir.

 

[...]

Perto de você me calo

Tudo penso e nada falo

Tenho medo de chorar.

Nunca mais quero o seu beijo,

Mas meu último desejo

Você não pode negar.

Se alguma pessoa amiga

Pedir que você lhe diga

Se você me quer ou não,

Diga que você me adora,

Que você lamenta e chora

A nossa separação.

Às pessoas que eu detesto

Diga sempre que eu não presto

Que meu lar é o botequim,

Que eu arruinei sua vida,

Que eu não mereço a comida

Que você pagou pra mim.

 

A propósito desse samba, consta que um amigo de Noel veio com a notícia de que tinha ouvido Aracy de Almeida cantar “Último desejo” no rádio, denunciando que ela nem tinha aprendido a letra direito: em vez de “Mas meu último desejo”, ela cantava “Pois meu último desejo”. E o amigo acrescentou que podia parecer a mesma coisa, mas não era. Noel irritou-se dizendo: “Juro que nunca mais dou música minha para ela gravar”.




GABARITO

a) O que falta às frases do item I para que formem um

texto?

Falta uma relação de interdependência entre as frases. Todas

possuem significado isoladamente, mas não se articulam para

construir um significado geral.


b) Por que as frases do item II formam um texto, embora

contenham praticamente o mesmo número de pala-

vras das frases do item I?

Diferentemente do que ocorre no item I, as frases do item II se

articulam. Há palavras que as entrelaçam, criando corre-

lações de sentido entre elas. As palavras primeiro e segundo

estabelecem relações com o que se disse na frase anterior. A

última frase deste item se inicia por Eis por que, segmento

indicador de algo que decorre do que se diz no segmento anterior.

Todas essas correlações criam uma unidade de sentido entre as

frases, permitindo que as interpretemos dentro de um sentido

global. Todas essas frases se articulam para explicar nossa severi-

dade em relação aos defeitos alheios e nossa tolerância para com

os nossos defeitos.


2 E


3 A


4 C


5 A


6

a) Depois de ler com atenção essa notícia, copie todas

as palavras ou expressões utilizadas pelo autor para

substituir Boris Becker e evitar sua repetição. Explique

por que elas criam uma imagem positiva do tenista.

O excepcional atleta / o alemão / supercampeão / O ídolo das

quadras / um dos símbolos da força e da eficiência germânica /

tenista. As expansões lexicais criam uma imagem positiva, pois

destacam traços e características valorizados positivamente pela

sociedade.


B

b) Suponha agora que, em vez da expansão lexical

usada pela revista Veja, um outro redator tivesse

escolhido os seguintes termos para substituir Boris

Becker: o exibicionista / o Don Juan germânico / o

papa-títulos / O figurão das quadras / um dos sím-

bolos do poder neonazista / o atleta canastrão. Que

efeito produzem essas novas escolhas de palavras?

Com essas alterações, o texto nos induz a criar uma imagem

negativa de Boris Becker. Todos os termos selecionados para

substituí-lo são depreciativos e desvalorizados em nosso universo

cultural.

MÓDULO 13 Variação de modalidade: oralidade e escrita

 

MÓDULO 13 Variação de modalidade: oralidade e escrita

 


“Quando o âncora de um telejornal noticia acontecimentos, estamos diante de um texto oral ou escrito? ”

 

ORALIDADE (CONVERSAÇÃO) à à à  TEXTO REDIGIDO

 

Oralidade e a escrita podem ser vistas como extremos de uma gradação: entre a conversação mais espontânea e a redação de um projeto de lei (pensado, discutido e revisto muitas vezes), existem graus intermediários de planejamento.

 

GABARITO

1

A

Há uma série de falas iniciadas por elementos anafóricos (“isso”, “mas aí é que tá a questão”, “essa é uma boa analogia”) que podem ser mencionados. Além

disso, as duas falas da locutora Ju podem ser citadas por complementar um tópico da fala anterior.

 

B

A explicação deve ser coerente com o exemplo citado no item a, apontando que ocorre retomada ou complementação entre a fala introduzida e a anterior.

 

2

Na fala de Cris de Luca, o marcador né? serve para demarcar a interação entre as interlocutoras: com ele, a enunciadora busca adesão da enunciatária a seu

discurso. Na fala de Ju, o marcador não apenas serve para buscar adesão, mas também demarca o fim do enunciado, passando a palavra à outra participante.

 

3

O essencial é que os alunos percebam que, em ambas as expressões, o termo assim não assume um valor referencial (ou seja, sua função não é expressar um

conteúdo): antes, o termo serve para preencher a fala, enquanto o enunciador planeja a sequência de seu enunciado. Cabe reforçar que a pausa seguinte ao

marcador é, igualmente, um recurso para ganhar tempo enquanto se elabora o texto.

 

4 E

5

a) cite dois recursos utilizados para criar o efeito de con-

versa com o leitor.

O narrador se dirige explicitamente à figura do leitor e simula uma

conversa, como se planejasse o texto durante a interação.

 

b) explique como esse efeito é construído citando passa-

gens do texto.

No fragmento, o uso do imperativo (como em “Veja o leitor a

comparação que melhor lhe quadrar”) explicita o diálogo com o leitor.

Além disso, o uso das reticências no final do primeiro período (“Era fixa

a minha ideia, fixa como...”) e o período seguinte (“Não me ocorre nada

que seja assaz fixo nesse mundo”) simulam que o planejamento textual

esteja ocorrendo em simultaneidade com a interação.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Capítulo 23 – Isso não é argumentação!

 Capítulo 23 – Isso não é argumentação!


- A opinião está sujeita aos valores e à cultura do emissor. Não deve ser confundida, portanto, com verdade.

- Opinião – maneira de pensar, de ver, de julgar; ponto de vista que se adota; ideia, teoria, tese.

- Argumento – prova, recurso para convencer alguém ou para alterar sua opinião.

















para estudar:

https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/etapa/tipos-de-argumento/

Capítulo 22 – Olha só a importância das manchetes!

 A manchete é o título de chamada da notícia mais importante de uma edição de jornal, seja ele impresso ou virtual, chamando a atenção do leitor e trazendo uma informação chave.


As matérias jornalísticas apresentam os acontecimentos segundo a leitura de mundo e a ideologia dos produtores dos textos e das empresas jornalísticas. Os jornalistas procuram construir uma visão de sociedade de acordo com os interesses políticos e econômicos vigentes ou considerados necessários em determinado momento histórico por uma determinada facção social, (Mariani,1999).

https://www.4shared.com/s/fbj6hFZmjea

https://www.4shared.com/office/qj4kfJTcea/Le_Monde_06_05_2020.html

https://www.4shared.com/s/fUMvkDAT4ea

MÓDULO 12 Variação linguística: língua e identidade [1ª SÉRIE]

 






GABARITO

1
a) identifique, na fala de cada um dos garotos, exemplos
de variação linguística lexical (de vocabulário) e indique
termos do português brasileiro para substituí-los.
Para responder a essa questão, cabe incentivar a pesquisa em
dicionários (físicos ou digitais, pelo celular).
Na fala de Zito (“Deixa só, Zeca! Esse gajo anda-me procurar ainda.”),
deve-se indicar o vocábulo gajo. Na de Bino (“O quê? Queres
pelejar?”), deve ser indicado pelejar.
O primeiro termo pode ser substituído por moço, rapaz e, em
situações informais, cara. O segundo é sinônimo de lutar, brigar.

b) identifique, na fala dos mesmos garotos, exemplos de
variação linguística gramatical (que não sejam lexicais).
No nível gramatical, podem ser indicados o uso da segunda pessoa do
singular (“vês”, “ponho-te”), o uso da ênclise (“anda-me” e mesmo
“ponho-te”) e o uso do infinitivo em locuções que, no português
brasileiro, são feitas com o gerúndio (“anda-me procurar” em vez de
“anda me procurando”). Aproveite essa questão para lembrar que a
variação não ocorre somente no nível do léxico, mas também no nível
gramatical (sobretudo na fonética e na sintaxe).


2
a) defina a que se referem os termos musseque (7º pará-
grafo), makoa (7º parágrafo), bassula (8º parágrafo) e
gapse (8º parágrafo).
Musseque: bairro periférico, semelhante às favelas; makoa: espécie
de peixe; bassula: rasteira; gapse: golpe.
Neste item, encoraje os alunos a buscar, em um primeiro momento, o
significado contextual dos termos. Nessa primeira tentativa, é esperado
que eles identifiquem ao menos o sentido aproximado de cada vocábulo,
o que deve ser valorizado. Em seguida, havendo recursos, estimule-os a
pesquisar na internet o significado de cada termo.

b) desde o ano de 2013, está em vigor um acordo orto-
gráfico cujo intuito é promover maior unidade linguís-
tica entre as nações que têm o português como língua
oficial. Por que, nos vocábulos destacados no item an-
terior, não se veem reflexos dessa unificação?
Um acordo ortográfico regula exclusivamente a grafia dos vocábulos
(foi esse acordo que, por exemplo, suprimiu o acento que diferenciava
“para” [verbo] e “para” [preposição], ou que determinou o não uso de
hífen em termos como “autorretrato”). Os casos analisados aqui são
exemplos de variação lexical, ou seja, uma variação que envolve
vocábulos específicos de certa comunidade de falantes.

3 C

4
a) O “obstáculo” comentado no excerto deve-se funda-
mentalmente ao fato de a tradutora não ser falante
nativa da língua portuguesa. Você concorda com essa
afirmação? Justifique.
Não. O obstáculo a que a autora se refere é a tradução do termo
macróbio, que era conhecido no século XIX, mas caiu em desuso no
português contemporâneo. Desse modo, mesmo um falante nativo
teria dificuldades de compreender o significado do termo.

b) Adotando o registro formal contemporâneo, reescreva a seguinte frase do excerto: “Já lhe vão faltando as ouças”.
Convém aproveitar essa questão para orientar os alunos a, quando lerem textos literários mais antigos, buscar identificar pelo contexto certos significados.
Entre outras opções, pode-se reescrever a frase assim: “A audição dela já está prejudicada.”

5 D

6 C


25. A INTERNET COMO FONTE DE INFORMAÇÃO E PESQUISA [9º ANO]

 25. A INTERNET COMO FONTE DE INFORMAÇÃO E PESQUISA 


• O computador e a internet são apenas meios, instrumentos.

• “O trabalho do aluno, como o trabalho de qualquer pessoa [...], deve refletir o pensamento e as emoções de quem o elabora. Ou seja, o trabalho deve ser eminentemente pessoal” (M. Scliar).

• Para fazer uma boa pesquisa e obter bons resultados, o pesquisador deve ler criticamente os conteúdos

com os quais depara, selecionar criteriosamente as informações e organizá-las. É importante pesquisar

em mais de uma fonte, para conferir as informações.

• Todas as fontes de consulta devem ser citadas.



segunda-feira, 28 de junho de 2021

MÓDULO 24 - O ABAIXO-ASSINADO E O REQUERIMENTO

 • Um abaixo-assinado pode ter diferentes finalidades: criticar, solicitar, elogiar, etc. O assunto, porém, deve ser de interesse comum.

• A estrutura do abaixo-assinado pode variar ligeiramente, mas a linguagem utilizada é, em geral, formal.

• O requerimento é um texto por meio do qual se faz uma solicitação. Por se tratar de um documento:

– sua estrutura não tem variações (à exceção do tamanho dos espaços em branco);

– apresenta linguagem formal e requer obrigatoriamente a utilização de certos termos.

• Com o advento da internet, o abaixo-assinado e o requerimento tiveram sua estrutura alterada, adaptando-se ao novo suporte.

quarta-feira, 23 de junho de 2021

AULAS 23 E 24: Sintaxe dos pronomes pessoais na norma-padrão [2ª SÉRIE EM]

 

AULAS 23 E 24:

Sintaxe dos pronomes pessoais na norma-padrão

 

Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui".

Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo:

Fizemos boa viagem. (Nós)

Pronome Oblíquo

Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou  indireto) ou complemento nominal. Por exemplo:

Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)

Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração.

Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.

PRONOME OBLÍQUO ÁTONO

São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo:

Ele me deu um presente.

O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular (eu): me

- 2ª pessoa do singular (tu): te

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, o, a, lhe

- 1ª pessoa do plural (nós): nos

- 2ª pessoa do plural (vós): vos

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, os, as, lhes

Observações:

lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.

Os pronomes metese, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.

Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.

Saiba que:

Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las.

Observe  o uso dessas formas nos exemplos que seguem:

- Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.

- Não contaram a novidade a vocês?
- Não, não no-la contaram.

No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. 

 

Atenção:

Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo:

fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la

Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo:

viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas

 

PRONOME OBLÍQUO TÔNICO

Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.

O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:

- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo

- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela

- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco

- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas

- Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto.

- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:

Não há mais nada entre mim e ti.

Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.

Não há nenhuma acusação contra mim.

Não vá sem mim.

Atenção:

Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto. Por exemplo:

Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.

- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia. Por exemplo:

Ele carregava o documento consigo.

- As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral. Por exemplo:

Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.


fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf45.php



ARQUIVO COM GABARITO


https://drive.google.com/file/d/1z7RUMukUJHXbO_K-2VCiE_1A0IqaXKP7/view?usp=sharing