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próximas 3 questões.
Maldades contra
Machado
Entre os terríveis
efeitos da crise econômica global está o de prejudicar as festividades
relativas ao centenário da morte de Machado de Assis, ocorrido na segunda-feira
29 de setembro, quando os mercados desabaram no mundo inteiro.
Não é a primeira vez,
nem a segunda, que Machado de Assis se vê atropelado pelos eventos da economia.
A primeira humilhação
mais fundamental teve a ver com o patrimônio que deixou para seus herdeiros. Em
julho de 1898, temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para
Carolina, sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da dívida
pública do empréstimo nacional de 1895. Esses títulos entraram em moratória
pouco antes da data desse testamento.
Em 1906, com a morte
de Carolina, Machado escreveu um novo testamento, declarando possuir não mais
7, mas 12 apólices do empréstimo de 1895, ou seja, as sete originais mais
títulos novos que recebeu pelos juros e principal não pagos.
A moratória perdurou
até 1910, quando a nova herdeira, a menina Laura, filha de sua sobrinha,
começou a receber juros. Em 1914, uma nova moratória interrompe os pagamentos
até 1927, e novamente em 1931. Depois de alguns pagamentos em 1934, veio um
“calote” completo em 1937. Nos 40 anos entre 1895 e 1935, menos de 18% do
empréstimo foi amortizado, e os juros foram pagos apenas em 12 anos.
O Estado a que
Machado serviu e honrou ao longo de sua vida devastou-lhe a herança, a
pecuniária ao menos, com essa sucessão de “calotes”. E, a partir de 1943,
quando os pagamentos foram retomados, a inflação funcionou como uma crueldade
superveniente, pois os títulos não tinham correção monetária.
Como se não bastasse
a desfeita, ou para tentar uma compensação, em 1987, resolvemos homenagear
Machado de Assis em uma cédula de mil cruzados. A cédula foi colocada em
circulação em 29 de setembro de 1987, exatos 79 anos da morte do escritor, e
nesse dia valia pouco menos de US$ 20.
Em 16 de janeiro de
1989, em conseqüência do Plano Verão e da mudança do padrão monetário, Machado
recebe um vergonhoso carimbo triangular cortando-lhe três zeros: a cédula agora
correspondia a um cruzado novo, que nascia valendo cerca de US$ 1, conforme a
cotação oficial. No “paralelo” valia bem menos.
Em 31 de outubro de
1990, depois de três anos de militância, a cédula com Machado deixa de circular
por valer menos de um centavo de dólar. Só se pode imaginar o que Machado diria
disso tudo.
(Gustavo Franco. Folha de São Paulo, 4 de outubro de 2008.)
(SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 1 - “Em
31 de outubro de 1990, depois de três anos de militância, a
cédula com Machado deixa de circular por valer menos de um centavo
de dólar.” (último parágrafo)
(A) atuação.
(B) desempenho.
(C) beligerância.
(D) resistência.
(E) rebelião.
(SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 2 - O
contrário de desfeita (7º parágrafo) é:
(A) desagravo.
(B) impropério.
(C) ignomínia.
(D) injúria.
(E) ultraje.
(SENADO FEDERAL – 2008 – FGV) 3 - Assinale
a alternativa em que a palavra indicada não seja cognata de patrimônio (3º
parágrafo).
(A) patrono
(B) patrulha
(C) patriarca
(D) paternal
(E) pátrio
(TRT/16ª REGIÃO – FCC) 4 - A ocorrência de ambiguidade e falta
de clareza faz necessária uma revisão da seguinte frase:
(A) Conquanto ele nos haja dado uma
resposta inconclusiva e protelado a decisão, há quem creia que nos satisfará o
desfecho deste caso.
(B) Inconformados com a resposta
insatisfatória que nos deu, reiteramos o pedido para que ele não deixe de tomar
as providências que o caso requer.
(C) Ele deu uma resposta insatisfatória
à providência que lhe solicitamos, em razão da qual será preciso insistir em
que não venha a repeti-la.
(D) Caso não sejam tomadas as
providências cabíveis, seremos obrigados a comunicar à Direção o menoscabo com
que está sendo tratado este caso.
(E) Causa-nos revolta, a todos, o pouco
interesse que ele vem demonstrando na condução desse processo – razão pela qual
há quem peça a demissão dele.
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próximas 3 questões.
Bolsa-Floresta
Quando os dados do
desmatamento de maio saíram esta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaram
trancados por vários dias, ficou-se sabendo que maio foi igual ao abril que
passou: perdemos de floresta mais uma área equivalente à cidade do Rio de
Janeiro. Ao ritmo de um Rio por mês, o Brasil vai pondo abaixo a maior floresta
tropical. No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a
destruição.
O Estado do Amazonas
é o que tem a floresta mais preservada. O número repetido por todos é que lá
98% da floresta estão preservados, 157 milhões de hectares, 1/3 da Amazônia
brasileira. A Zona Franca garante que uma parte do mérito lhe cabe, porque
criou alternativa de emprego e renda para a população do estado. Há quem
acredite que a pressão acabará chegando ao Amazonas depois de desmatados os
estados mais acessíveis.
João Batista Tezza,
diretor técnico-científico da Fundação Amazonas Sustentável, acha que é preciso
trabalhar duro na prevenção do desmatamento. Esse é o projeto da Fundação que
foi criada pelo governo, mas não é governamental, e que tem a função de
implementar o Bolsa-Floresta, uma transferência de renda para pessoas que vivem
perto das áreas de preservação estadual. A idéia é que elas sejam envolvidas no
projeto de preservação e que recebam R$ 50 por mês, por família, como uma forma
de compensação pelos serviços que prestam. [...]
Tezza é economista e
acha que a economia é que trará a solução:
— A destruição ocorre
porque existem incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos da
proteção. [...]
Nas áreas próximas às
reservas estaduais, estão instaladas 4.000 famílias e, além de ganharem o
Bolsa-Floresta, vão receber recursos para a organização da comunidade.
— Trabalhamos com o
conceito dos serviços ambientais prestados pela própria floresta em pé e as
emissões evitadas pela proteção contra o desmatamento. Isso é um ativo negociado
no mercado voluntário de redução das emissões — diz Tezza.
Atualmente a equipe
da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das
comunidades, viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas as famílias.
A Fundação trabalha mirando dois mapas. Um mostra o desmatamento atual, que é
pequeno. Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. Mesmo no
Amazonas, onde a floresta é mais preservada, os riscos são visíveis. Viajei por
uma rodovia estadual que liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi áreas
recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda sai de troncos queimados. [...]
LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008.
(adaptado)
(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO
CESGRANRIO) 5 - A expressão em destaque no trecho “Quando os dados do desmatamento
de maio saíram esta semana da gaveta...” (1º parágrafo)
pode ser adequadamente substituída, sem alteração do sentido, por
(A) foram finalmente examinados.
(B) foram apresentados às autoridades.
(C) foram tirados da situação de
abandono.
(D) encaminharam-se ao setor técnico.
(E) chegaram ao conhecimento público.
(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO
CESGRANRIO) 6 - “— A destruição ocorre porque existem incentivos
econômicos; precisamos criar os incentivos de proteção.” (5º
parágrafo). Avalie se as afirmativas apresentadas a seguir são
verdadeiras (V) ou falsas (F), em relação ao trecho acima.
( ) Tanto a destruição da floresta quanto a sua proteção dependem
de medidas econômicas.
( ) O conceito da palavra “incentivos” é igual nas expressões
“incentivos econômicos” e “incentivos de proteção”.
( ) Se houver incentivo de proteção, a destruição cessará.
A seqüência correta é:
(A) V - V – F
(B) V - F - V
(C) V - F - F
(D) F - V - F
(E) F - F - V
(TJ/RO – 2010 – FUNDAÇÃO
CESGRANRIO) 7 - No texto, “ativo” (7º parágrafo) significa
(A) ato.
(B) bem.
(C) elevado.
(D) prático.
(E) em exercício.
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próxima questão.
Sobre os perigos da
leitura
Nos tempos em que eu
era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da
seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse
entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem
sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de
uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os
candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa
lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei
brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma
única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e
se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa
de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...]
A reação dos
candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi
como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse
totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros,
tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira
escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos – ah,
isso não lhes tinha sido ensinado!
Na verdade, nunca
lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que
estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos
pudessem ser importantes.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br.
Adaptado)
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 8 - A
palavra “brilhante”, no início do 2.º parágrafo, significa
(A) refulgente.
(B) luzente.
(C) luxuosa.
(D) admirável.
(E) lustrosa.
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próximas 2 questões.
No fim da década de
90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine resolveu
fazer um levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir como
diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que os
brasileiros estão entre os povos mais atrasados – do ponto de vista temporal,
bem entendido – do mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas
percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o número de relógios
corretamente ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram
muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o
primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual.
Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres.
O estudo de Robert
Levine associa a administração do tempo aos traços culturais de um país. “Nos
Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor
cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações
sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos”, diz o psicólogo. Uma série de
entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera
aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a uma
festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser
mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser
pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte
público?
(Veja, 02.12.2009)
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 9 - A
expressão chá de cadeira, no texto, tem o significado de
(A) bebida feita com derivado de pinho.
(B) ausência de convite para dançar.
(C) longa espera para conseguir
assento.
(D) ficar sentado esperando o chá.
(E) longa espera em diferentes
situações.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 10 - Há
emprego do sentido figurado das palavras em:
(A) ...os brasileiros estão entre os
povos mais atrasados...
(B) No ranking geral, os suíços ocupam
o primeiro lugar.
(C) Os brasileiros ... dão mais
importância às relações sociais...
(D) Como ser pontual se o trânsito é um
pesadelo...
(E) ...não se pode confiar no serviço
público?
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próxima questão
Zelosa com sua
imagem, a empresa multinacional Gillette retirou a bola da mão, em uma das suas
publicidades, do atacante francês Thierry Henry, garoto-propaganda da marca com
quem tem um contrato de 8,4 milhões de dólares anuais. A jogada previne os
efeitos desastrosos para vendas de seus produtos, depois que o jogador
trapaceou, tocando e controlando a bola com a mão, para ajudar no gol que classificou
a França para a Copa do Mundo de 2010. (...)
Na França, onde 8 em
cada dez franceses reprovam o gesto irregular, Thierry aparece com a mão no
bolso. Os publicitários franceses acham que o gato subiu no telhado. A Gillette
prepara o rompimento do contrato. O serviço de comunicação da gigante Procter
& Gamble, proprietária da Gillette, diz que não.
Em todo caso, a
empresa gostaria que o jogo fosse refeito, que a trapaça não tivesse
acontecido. Na impossibilidade, refez o que está ao seu alcance, sua publicidade.
Segundo lista da
revista Forbes, Thierry Henry é o terceiro jogador de futebol que mais lucra
com a publicidade – seus contratos somam 28 milhões de dólares anuais. (...)
(Veja, 02.11.2009. Adaptado)
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 11 - A
palavra empresa é um sinônimo genérico deProter &
Gamble, no texto. A alternativa que apresenta, também, esse tipo
de sinonímia, é:
(A) automóvel – veículo.
(B) automóvel – carro.
(C) geladeira – refrigerador.
(D) fotografia – foto.
(E) motocicleta – moto.
A questão a seguir baseia-se no texto
abaixo.
Em 2008, Nicholas
Carr assinou, na revista The Atlantic, o polêmico artigo
"Estará o Google nos tornando estúpidos?" O texto ganhou a capa da
revista e, desde sua publicação, encontra-se entre os mais lidos de seu
website. O autor nos brinda agora com The Shallows: What the internet
is doing with our brains, um livro instrutivo e provocativo,
que dosa linguagem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação
científica.
Novas tecnologias
costumam provocar incerteza e medo. As reações mais estridentes nem sempre têm
fundamentos científicos. Curiosamente, no caso da internet, os verdadeiros
fundamentos científicos deveriam, sim, provocar reações muito estridentes. Carr
mergulha em dezenas de estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro
humano. Conclui que a internet está provocando danos em partes do cérebro que
constituem a base do que entendemos como inteligência, além de nos tornar menos
sensíveis a sentimentos como compaixão e piedade.
O frenesi hipertextual
da internet, com seus múltiplos e incessantes estímulos, adestra nossa
habilidade de tomar pequenas decisões. Saltamos textos e imagens, traçando um
caminho errático pelas páginas eletrônicas. No entanto, esse ganho se dá à
custa da perda da capacidade de alimentar nossa memória de longa duração e
estabelecer raciocínios mais sofisticados. Carr menciona a dificuldade que
muitos de nós, depois de anos de exposição à internet, agora experimentam
diante de textos mais longos e elaborados: as sensações de impaciência e de
sonolência, com base em estudos científicos sobre o impacto da internet no
cérebro humano. Segundo o autor, quando navegamos na rede, "entramos em um
ambiente que promove uma leitura apressada, rasa e distraída, e um aprendizado
superficial."
A internet
converteu-se em uma ferramenta poderosa para a transformação do nosso cérebro
e, quanto mais a utilizamos, estimulados pela carga gigantesca de informações,
imersos no mundo virtual, mais nossas mentes são afetadas. E não se trata apenas
de pequenas alterações, mas de mudanças substanciais físicas e funcionais. Essa
dispersão da atenção vem à custa da capacidade de concentração e de reflexão.
(Thomaz Wood Jr. Carta capital, 27 de outubro de 2010, p. 72, com adaptações)
(MP/RS – 2010 – FCC) 12 - O segmento inteiramente denotativo
é:
(A) O autor nos brinda agora
com The Shallows: What the internet is doing with our brains, (...)
que dosa linguagem fluida com a melhor tradição dos livros de disseminação
cientifica.
(B) Carr mergulha em dezenas de
estudos científicos sobre o funcionamento do cérebro humano.
(C) ... esse ganho se dá à
custa de alimentar nossa memória de longa duração e estabelecer raciocínios
mais sofisticados.
(D) Conclui que a internet está
provocando danos em partes do cérebro ...
(E) Saltamos textos e imagens,
traçando um caminho errático pelas páginas eletrônicas.
Leia o texto a seguir para responder às
próximas 2 questões.
Os eletrônicos
“verdes”
Vai bem a convivência
entre a indústria de eletrônica e aquilo que é politicamente correto na área
ambiental. É seguindo essa trilha “verde” que a Motorola anunciou o primeiro
celular do mundo feito de garrafas plásticas recicladas. Ele se chama W233 Eco
e é também o primeiro telefone com certificado CarbonFree, que prevê a
compensação do carbono emitido na fabricação e distribuição de um produto. Se
um celular pode ser feito de garrafas, por que não se produz um laptop a partir
do bambu? Essa ideia ganhou corpo com a fabricante taiwanesa Asus: tratase do
Eco Book que exibe revestimento de tiras dessa planta. Computadores “limpos”
fazem uma importante diferença no efeito estufa e para se ter uma noção do
impacto de sua produção e utilização basta olhar o resultado de uma pesquisa da
empresa americana de consultoria Gartner Group. Ela revela que a área de TI
(tecnologia da informação) já é responsável por 2% de todas as emissões de
dióxido de carbono na atmosfera.
Além da pesquisa da
Gartner, há um estudo realizado nos EUA pela Comunidade do Vale do Silício. Ele
aponta que a inovação “verde” permitirá adotar mais máquinas com o mesmo
consumo de energia elétrica e reduzir os custos de orçamento. Russel Hancock,
executivo-chefe da Fundação da Comunidade do Vale do Silício, acredita que as
tecnologias “verdes” também conquistarão espaço pelo fato de que, atualmente,
conta pontos junto ao consumidor ter-se uma imagem de empresa sustentável.
O estudo da
Comunidade chegou às mãos do presidente da Apple, Steve Jobs, e o fez render-se
às propostas do “ecologicamente correto” – ele era duramente criticado porque
dava aval à utilização de mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente, na
produção de seus iPods e laptops. Preocupado em não perder espaço, Jobs lançou
a nova linha do Macbook Pro com estrutura de vidro e alumínio, tudo reciclável.
E a RITI Coffee Printer chegou à sofisticação de criar uma impressora que, em
vez de tinta, se vale de borra de café ou de chá no processo de impressão.
Basta que se coloque a folha de papel no local indicado e se despeje a borra de
café no cartucho – o equipamento não é ligado em tomada e sua energia provém de
ação mecânica transformada em energia elétrica a partir de um gerador. Se
pensarmos em quantos cafezinhos são tomados diariamente em grandes empresas, dá
para satisfazer perfeitamente a demanda da impressora.
(Luciana Sgarbi, Revista Época, 22.09.2009. Adaptado)
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 13 - Em –
Computadores “limpos” fazem uma importante diferença no efeito estufa... – a
expressão entre aspas pode ser substituída, sem alterar o sentido no texto,
por:
(A) com material reciclado.
(B) feitos com garrafas plásticas.
(C) com arquivos de bambu.
(D) feitos com materiais retirados da
natureza.
(E) com teclado feito de alumínio.
(CREMESP – 2011 - VUNESP) 14 - Em –
ele era duramente criticado porque dava aval à utilização de
mercúrio, altamente prejudicial ao meio ambiente… – a expressão em destaque
pode ter como sinônimo:
(A) resultado.
(B) impedimento.
(C) dúvida.
(D) anuência.
(E) discernimento.
Leia o texto a seguir para responder às
próximas 3 questões.
CIDADE MARAVILHOSA?
Os camelôs são pais
de famílias bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo
eles se multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General
Osório, existe há muito tempo a feira hippie. Artistas e artesãos expõem ali
aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada demais: sempre
os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei
que deveria haver um canto em que qualquer artista pudesse vender um quadro;
qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa, sem alvarás nem licenças. Enfim, o
fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois de
repente, de um lado e outro, na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas
atravancando as calçadas, vendendo de tudo - roupas, louças, frutas, miudezas,
brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear, passarinhos, pipocas,
aspirinas, sorvetes, canivetes. E as praias foram invadidas por 1000
vendedores. Na rua e na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio,
e presumo que muita gente anda com eles para se defender de assaltantes. O
resultado é uma sujeira múltipla, que exige cuidado do pedestre para não pisar
naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de
frutas podres e dejetos de toda ordem, e restos de peixes da feira das terças,
e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira dos três reinos da
natureza e de todas as servidões humanas.
Ah, se venta um pouco
o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso
pulmão numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o
mar. Agora há gente demais, a praia está excessivamente cheia. Está bem, está
bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas podia haver menos
cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que
trabalham até dentro d’água, com um canivete na barriga alheia, e sujeitos que
carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes e quando o inocente cidadão pede
picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia
inventam um golpe novo: a juventude é muito criativa, e os assaltantes são
quase sempre muito jovens.
Rubem Braga
(UFRJ – 2010 – NCE/UFRJ) 15 - A alternativa em
que a palavra sublinhada NÃO contém uma ideia negativa é:
(A) “Os camelôs são pais de famílias
bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia...”;
(B) “O resultado é
uma sujeira múltipla...”;
(C) “...apareceram
barracas atravancando as calçadas...”;
(D) “E as praias
foram invadidas por 1000 vendedores”;
(E) “Na rua e na
areia, uma orgia de cães”.
(UFRJ – 2010 – NCE/UFRJ) 16 - A alternativa em
que o termo sublinhado foi substituído por outro que NÃO mantém o mesmo sentido
original é:
(A) “...coisas quase sempre sem interesse” = desinteressantes;
(B) “Aqui em frente a minha casa...” =
diante de;
(C) “...e dejetos de toda ordem...” = desordenados;
(D) “...uma orgia de cães” = canina;
(E) “Pois de repente...” =
repentinamente.
(UFRJ – 2010 – NCE/UFRJ) 17 - Nos fragmentos
do texto a seguir, aquele(s) que mostra(m) palavras que possui(em) o mesmo
significado no texto é(são):
I - “...logo eles se multiplicam por 1000” / “...logo ela vai-se elevar”;
II - “...e vendem suas coisas.” / “...para não
pisar naquelas coisas.”;
III - “...vendendo de tudo...” / “...óleo de bronzear...”;
IV - “...muita gente comprava coisas...” /
“Antigamente a gente fugia...”.
(A) I e II;
(B) II e III;
(C) I e IV;
(D) somente I;
(E) III e IV.
Leia o texto a seguir para responder à
próxima questão.
Contar é muito
dificultoso. Não pelos anos que já se passaram. Mas pela astúcia que têm certas
coisas passadas de fazer balancê, de se remexerem dos lugares. A lembrança da
vida da gente se guarda em trechos diversos; uns com outros acho que nem se
misturam (...) Contar seguido, alinhavado, só mesmo sendo coisas de rasa
importância. Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que
outras de recente data. Toda saudade é uma espécie de velhice. Talvez, então, a
melhor coisa seria contar a infância não como um filme em que a vida acontece
no tempo, uma coisa depois da outra, na ordem certa, sendo essa conexão que lhe
dá sentido, princípio, meio e fim, mas como um álbum de retratos, cada um
completo em si mesmo, cada um contendo o sentido inteiro. Talvez seja esse o
jeito de escrever sobre a alma em cuja memória se encontram as coisas eternas,
que permanecem...
(Guimarães Rosa. Apud Rubem Alves. Na
morada das palavras. Campinas: Papirus, 2003. p. 139)
(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 18 - Pelo sentido do
texto, a palavra “lembrança” em “A lembrança da vida da gente...” pode
ser substituída, sem alteração do sentido, por:
(A) Memória.
(B) Inspiração.
(C) Recomendação.
(D) Direção.
(E) Meta.
Leia o texto a seguir para responder à
próxima questão.
Convivas de boa
memória
Há dessas
reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Um
antigo dizia arrenegar de conviva que tem boa memória. A vida é cheia de tais
convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca
seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e
basta.
Não, não, a minha
memória não é boa. Ao contrário, é comparável a alguém que tivesse vivido por
hospedarias, sem guardar delas nem caras nem nomes, e somente raras
circunstâncias. A quem passe a vida na mesma casa de família, com os seus
eternos móveis e costumes, pessoas e afeições, é que se lhe grava tudo pela
continuidade e repetição. Como eu invejo os que não esqueceram a cor das
primeiras calças que vestiram! Eu não atino com a das que enfiei ontem. Juro só
que não eram amarelas porque execro essa cor; mas isso mesmo pode ser olvido e
confusão.
E antes seja olvido
que confusão; explico-me. Nada se emenda bem nos livros confusos, mas tudo se
pode meter nos livros omissos. Eu, quando leio algum desta outra casta, não me
aflijo nunca. O que faço, em chegando ao fim, é cerrar os olhos e evocar todas
as coisas que não achei nele. Quantas ideias finas me acodem então! Que de
reflexões profundas! Os rios, as montanhas, as igrejas que não vi nas folhas
lidas, todos me aparecem agora com as suas águas, as suas árvores, os seus
altares, e os generais sacam das espadas que tinham ficado na bainha, e os
clarins soltam as notas que dormiam no metal, e tudo marcha com uma alma
imprevista.
É que tudo se acha
fora de um livro falho, leitor amigo. Assim preencho as lacunas alheias; assim
podes também preencher as minhas.
(Assis, de Machado. Dom Casmurro –
Editora Scipione – 1994 – pág. 65)
(DETRAN/RN – 2010 – FGV) 19 - A alternativa em
que o sinônimo da palavra sublinhada está INCORRETO é:
(A) “Há dessas reminiscências
que não descansam...” – lembranças
(B) “Um antigo dizia arrenegar
de conviva...” – alugar
(C) “Eu não atino com a das que
enfiei...” – lembro
(D) “... não me aflijo
nunca” – atormento
(E) “... e tudo marcha com uma
alma imprevista” – inopinada
Leia o texto a seguir para responder à
próxima questão.
Os dicionários de meu
pai
Pouco antes de
morrer, meu pai me chamou ao escritório e me entregou um livro de capa preta
que eu nunca havia visto. Era o dicionário analógico de Francisco Ferreira dos
Santos Azevedo. Ficava quase escondido, perto dos cinco grandes volumes do
dicionário Caldas Aulete, entre outros livros de consulta que papai mantinha ao
alcance da mão numa estante giratória. Isso pode te servir, foi mais ou menos o
que ele então me disse, no seu falar meio grunhido. Era como se ele,cansado, me
passasse um bastão que de alguma forma eu deveria levar adiante. E por um tempo
aquele livro me ajudou no acabamento de romances e letras de canções, sem falar
das horas em que eu o folheava à toa; o amor aos dicionários, para o sérvio
Milorad Pavic, autor de romances-enciclopédias, é um traço infantil de caráter
de um homem adulto.
Palavra puxa palavra,
e escarafunchar o dicionário analógico foi virando para mim um passatempo. O
resultado é que o livro, herdado já em estado precário, começou a se esfarelar
nos meus dedos. Encostei-o na estante das relíquias ao descobrir, num sebo
atrás da sala Cecília Meireles, o mesmo dicionário em encadernação de
percalina. Por dentro estava em boas condições, apesar de algumas manchas
amareladas, e de trazer na folha de rosto a palavra anauê, escrita a
caneta-tinteiro.
Com esse livro
escrevi novas canções e romances, decifrei enigmas, fechei muitas palavras
cruzadas. E ao vê-lo dar sinais de fadiga, saí de sebo em sebo pelo Rio de
Janeiro para me garantir um dicionário analógico de reserva. Encontrei dois,
mas não me dei por satisfeito, fiquei viciado no negócio. Dei de vasculhar
livrarias país afora, só em São Paulo adquiri meia dúzia de exemplares, e ainda
arrematei o último à venda a Amazom.com antes que algum aventureiro o fizesse.
Eu já imaginava deter o monopólio (açambarcamento, exclusividade, hegemonia,
senhorio, império) de dicionários analógicos da língua portuguesa, não fosse
pelo senhor João Ubaldo Ribeiro, que ao que me consta também tem um quiçá
carcomido pelas traças (brocas, carunchos, gusanos, cupins, térmitas, cáries,
lagartas-rosadas, gafanhotos, bichos-carpinteiros).
A horas mortas eu
corria os olhos pela minha prateleira repleta de livros gêmeos, escolhia um a
esmo e o abria a bel-prazer. Então anotava num Moleskine as palavras mais
preciosas, a fim de esmerar o vocabulário com que embasbacaria as moças e
esmagaria meus rivais.
Hoje sou surpreendido
pelo anúncio desta nova edição do dicionário analógico de Francisco Ferreira
dos Santos Azevedo. Sinto como se invadissem minha propriedade, revirassem meus
baús, espalhassem ao vento meu tesouro. Trata-se para mim de uma terrível
(funesta, nefasta, macabra, atroz, abominável, dilacerante, miseranda) notícia.
(Francisco Buarque de Hollanda, Revista
Piauí, junho de 2010)
(FAETEC/RJ – 2010 – CEPERJ) 20 - No texto, os
parênteses foram usados para conter palavras:
A) sinônimas
B) parônimas
C) polissêmicas
D) análogas
E) homônimas
Leia o texto a seguir para responder à
próxima questão.
Discórdia em
Copenhague
Frustrou-se
redondamente quem esperava, na 15ª Conferência sobre Mudança Climática
(COP-15), em Copenhague, um acordo capaz de orquestrar compromissos de países
pobres, emergentes e ricos contra os efeitos do aumento da temperatura no
planeta. Após duas semanas de muitos debates e negociações, o encontro
convocado pelas Nações Unidas teve um final dramático no dia 18 de dezembro de
2009, com chefes de estado tentando, em vão, aparar arestas mesmo depois do
encerramento oficial da conferência. O resultado final foi um documento
político genérico, firmado só pelos Estados Unidos, China, Brasil e África do
Sul, que prevê metas para cortes de emissão de gases estufa apenas para 2050,
mesmo assim sem estabelecer compromissos obrigatórios capazes de impedir a
elevação da temperatura em mais do que 2 graus Celsius, meta que Copenhague
buscava atingir.
Também foi proposta
uma ajuda de US$ 30 bilhões aos países pobres, no próximos três anos, embora
sem estabelecer parâmetros sobre quem estará apto a receber o dinheiro e quais
instrumentos serão usados para distribuí-lo. Faltou-lhe aval dos delegados de
países como Sudão, Cuba, Nicarágua, Bolívia e Venezuela, inconformados por
terem sido escanteados nas conversas finais. “O que temos de alcançar no México
é tudo o que deveríamos ter alcançado aqui”, disse Yvo de Bôer,
secretário-executivo da conferência, remetendo as esperanças para a COP-16, que
vai acontecer em 2010, na Cidade do México.
O impasse principal
girou em torno de um jogo de empurra sobre as responsabilidades dos países
ricos e pobres. As nações desenvolvidas queriam que os países emergentes
tivessem metas obrigatórias, o que não foi aceito pela China, país que mais
emite carbono na atmosfera, atualmente. Os Estados Unidos, vivendo a maior
crise econômica desde 1929, não se dispunham a cumprir sequer metas modestas.
Outra questão fundamental na conferência foi o financiamento para políticas de
mitigação das emissões para os países pobres. Os países desenvolvidos exigiam
que os emergentes ajudassem a financiar os menos desenvolvidos. A tese foi
rechaçada pelos emergentes, que esperavam obter ajuda externa para suas
políticas de combate ao aquecimento global.
(Adaptado de Fabrício Marques, Revista Pesquisa Fapesp, no 167)
(TRF/4ª REGIÃO – 2010 – FCC) 21 -
Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento
em:
(A) capaz de orquestrar
compromissos (1o parágrafo) = hábil na ressonância compromissada.
(B) sem estabelecer
parâmetros (2o parágrafo) = à revelia da proposição de metas.
(C) Faltou-lhe aval (2o
parágrafo) = Urgiu o beneplácito.
(D) políticas de
mitigação (3o parágrafo) = estratégias de arrefecimento.
(E) A tese foi rechaçada (3o
parágrafo) = obliterou-se a hipótese.
Leia o texto a seguir para responder à
próxima questão
Pelo mundo afora, os
jornais sentem a agulhada de uma conjunção de fatores especialmente desfavoráveis:
a recessão mundial, que reduz os gastos com publicidade, e o avanço da
internet, que suga anúncios, sobretudo os pequenos e rentáveis classificados, e
também serve como fonte – em geral gratuita – de informações. Na Inglaterra,
para sobreviver, os jornais querem leis menos severas para fusão e aquisição de
empresas. Na França, o governo duplicou a verba de publicidade e dá isenção
tributária a investimentos dos jornais na internet.
Mas em nenhum outro
lugar a tormenta é tão assustadora quanto nos Estados Unidos. A recessão
atropelou os dois maiores anunciantes – o mercado imobiliário e a indústria
automobilística – e a evolução da tecnologia, com seu impacto sísmico na
disseminação da informação, se dá numa velocidade alucinante no país. O binômio
recessão-internet está produzindo uma devastação. Vários jornais, mesmo
bastante antigos e tradicionais, fecharam suas portas.
O fechamento de um
jornal é o fim de um negócio como outro qualquer. Mas, quando o jornal é o
símbolo e um dos últimos redutos do jornalismo, como é o caso do New
York Times, morrem mais coisas com ele. Morrem uma cultura e
uma visão generosa do mundo. Morre um estilo de vida romântico, aventureiro,
despojado e corajoso que, como em nenhum outro ramo de negócios, une
funcionários, consumidores e acionistas em um objetivo comum e maior do que
interesses particulares de cada um deles.
Desde que os romanos
passaram a pregar em locais públicos sua Acta Diurna, o manuscrito
em que informavam sobre disputas de gladiadores, nascimentos ou execuções, os
jornais começaram a entrar na veia das sociedades civilizadas. Mas, para chegar
ao auge, a humanidade precisou fazer uma descoberta até hoje insubstituível (o
papel), duas invenções geniais (a escrita e a impressão) e uma vasta mudança
social (a alfabetização). Por isso, um jornal, ainda que seja um negócio, não é
como vender colírio ou fabricar escadas rolantes.
(André Petry. Revista Veja, 29 de abril de 2009, pp. 90-93, com adaptações)
(TRT/9ªREGIÃO – 2010 – FCC) 22 - O
binômio recessão-internet está produzindo uma devastação. (2o
parágrafo) O sentido contido na expressão grifada acima se encontra também
em:
(A) recessão mundial.
(B) evolução da tecnologia.
(C) impacto sísmico.
(D) velocidade alucinante.
(E) uma descoberta até hoje
insubstituível.
Leia o texto a seguir para responder às
próximas 2 questões.
Olhar o vizinho é o
primeiro passo
Não é preciso ser
filósofo na atualidade, para perceber que o “bom” e o “bem” não prevalecem
tanto quanto desejamos. Sob a égide de uma moral
individualista, o consumo e a concentração de renda despontam como metas
pessoais e fazem muitos de nós nos esquecermos do outro, do irmão, do próximo.
Passamos muito tempo olhando para nossos próprios umbigos ou
mergulhados em nossas crises existenciais e não reparamos nos pedidos de ajuda de
quem está ao nosso lado. É difícil tirar os óculos escuros da indiferença e
estender a mão, não para dar uma esmola à criança que faz malabarismo no sinal,
para ganhar um trocado simpático, mas para tentar mudar uma situação adversa,
fazer a diferença. O que as pessoas que ajudam outras nos mostram é que basta querer,
para mudar o mundo. Não é preciso ser milionário, para fazer uma doação. Se não
há dinheiro, o trabalho também é bem-vindo. Doar um pouco de conhecimento ou expertise,
para fazer o bem a outros que não têm acesso a esses serviços, é mais que
caridade: é senso de responsabilidade. Basta ter disposição e sentimento e
fazer um trabalho de formiguinha, pois, como diz o ditado, é a
união que faz a força! Graças a esses filósofos da prática, ainda podemos
colocar fé na humanidade. Eles nos mostram que fazer o bem é bom e seguem esse
caminho por puro amor, vocação e humanismo.
(Diário do Nordeste. 28 abr.
2008)
(AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO – 2009 – IEPRO/UECE) 23 - A
palavra “égide”, no segundo período, significa
A) falsidade
B) implantação
C) orientação
D) proteção
E) ocorrência
(AGENTE MUNICIPAL DE TRÂNSITO – 2009 –
IEPRO/UECE) 24 – Pelo contexto, percebe-se que a palavra “expertise”,
no sétimo período, significa
A) afobação, ignorância
B) calma, serenidade
C) cultura, pesquisa
D) habilidade, perícia
E) briga, luta
GABARITO
1 - D
2 - A
3 - B
4 - C
5 - E
6 - A
7 - B
8 - D
9 - E
10 - D
11 - A
12 - D
13 - A
14 - D
15 - A
16 - C
17 - D
18 - A
19 - B
20 - D
21 - D
22 - C
23 - D
24 - D
25 - E
2 - A
3 - B
4 - C
5 - E
6 - A
7 - B
8 - D
9 - E
10 - D
11 - A
12 - D
13 - A
14 - D
15 - A
16 - C
17 - D
18 - A
19 - B
20 - D
21 - D
22 - C
23 - D
24 - D
25 - E
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