1– (FUVEST)Os atuais simuladores de
vôo militares estão em condições não apenas de exibir uma imagem “realista” da
paisagem sobrevoada, mas também de confrontá-la com a ….. obtida dos radares.
O termo que preenche adequadamente a lacuna no texto é:
a) iconologia.
b) iconoclastia.
c) iconografia.
d) iconofilia.
e) iconolatria.
2 – (UCSAL) TEXTO
Quando saí de casa, o velho José Paulino me disse:
Não vá perder o seu tempo. Estude, que não se arrepende.
Eu não sabia nada. Levava para o colégio um corpo sacudido pelas
paixões de homem feito e uma alma mais velha do que o meu corpo. Aquele Sérgio,
de Raul Pompéia, entrava no internato de cabelos grandes e com uma alma de anjo
cheirando a virgindade. Eu não: era sabendo de tudo, era adiantado nos anos,
que ia atravessar as portas do meu colégio.
Menino perdido, menino de engenho.
José Lins do Rego – Menino de Engenho, Ed.
Moderna Ltda., São Paulo, 1983.
No texto, o verbo cheirar tem significado de:
a) agradar.
b) parecer.
c) enfeitiçar.
d) indagar.
e) bisbilhotar.
3 – (PUC-MG) Em todas as alternativas, a mudança proposta para o período em
destaque alterou o seu sentido, EXCETO em:
a)) Ele levantou lentamente os olhos para ver o céu. | Ele levantou os olhos para ver o céu lentamente.
b) Devo encontrá-lo apenas no shopping. | Devo apenas encontrá-lo no shopping.
c) O meu pedido foi só que ele estivesse aqui no horário marcado. | O meu pedido foi que ele estivesse aqui só no horário marcado.
d) Ele disse que necessariamente conseguiria resultados para a
pesquisa. | Ele disse que
conseguiria necessariamente resultados para a pesquisa.
e) Carmen gosta de pensar muito antes de agir. | Carmen gosta muito de pensar antes de agir.
4 – (PUC-RJ)
Texto
As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos
remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte,
filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de
Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua.
5 Aos trinta e quatro anos regressou ao
Brasil, não podendo el-
rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a univer-
sidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia.
- A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu
emprego único; Itaguaí é o meu universo.
10 Dito isto, meteu-se em Itaguaí, e
entregou-se de corpo
e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as
leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas.
Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e
Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz
15 de fora, e não bonita nem simpática. Um
dos tios dele,
caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco,
admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão
Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições
fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com
20 facilidade, dormia regularmente, tinha bom
pulso, e excelen-
te vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos
e inteligentes. Se além dessas prendas, – únicas dignas da
preocupação de um sábio, – D. Evarista era mal composta
de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, por-
25 quanto não corria o risco de preterir os
interesses da ciência
na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte.
D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte,
não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da
ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três
30 anos, depois quatro, depois cinco. Ao
cabo desse tempo fez
um estudo profundo da matéria, releu todos os escritores
árabes e outros, que trouxera para Itaguaí, enviou consultas
às universidades italianas e alemãs, e acabou por aconse-
lhar à mulher um regímen alimentício especial. A ilustre
35 dama, nutrida exclusivamente com a bela
carne de porco de
Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua
resistência, – explicável mas inqualificável, – devemos a total
extinção da dinastia dos Bacamartes.
Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as
40 mágoas; o nosso médico mergulhou
inteiramente no estudo
e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos
desta lhe chamou especialmente a atenção, – o recanto
psíquico, o exame da patologia cerebral. Não havia na colô-
nia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante
45 matéria, mal explorada, ou quase
inexplorada. Simão
Bacamarte compreendeu que a ciência lusitana, e particular-
mente a brasileira, podia cobrir-se de “louros
imarcescíveis”, – expressão usada por ele mesmo, mas
em um arroubo de intimidade doméstica; exteriormente era
50 modesto, segundo convém aos sabedores.
Machado de Assis. O alienista
São Paulo: Ática, 1982, pp. 9-10.
Leia os seguintes trechos do texto:
• …estava assim apta para dar-lhe filhos robustos,
sãos e inteligentes. (l. 21-22)
• Se além dessas prendas, [...] D. Evarista
era mal composta de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de
preterir os interesses da ciência na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da
consorte. (l. 22-26)
Sem alteração das relações de sentido originais, as palavras
destacadas podem ser substituídas, respectivamente, por
a) portanto – visto que
b) entretanto – portanto
c) então – se bem que
d) por isso – não obstante
e) todavia – sendo que
5 – (UFPE)
DESCOBERTA DA LITERATURA
No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/
cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./
E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/
para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./
Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/
ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/
com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./
Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/
em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/
e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/
a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/
que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/
e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/
receava que confundissem/ o de perto com o distante,/
o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/
e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/
ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./
(…)
João Cabral de Melo Neto
Tomando ainda como referência o texto, relacione a 2a coluna de
acordo com a 1a, identificando os sinônimos:
A ordem correta é:
a) 5, 2, 3, 1, 4
b) 2, 4, 5, 3, 1
c) 3, 1, 4, 5,
d) 2, 1, 3, 4, 5
e) 1, 2, 3, 4, 5
6 – (UFPB) Nofragmento: “Nada mais cruel do que a cronicidade de certas
formas detuberculose.”, os termos sublinhados expressam uma comparação.
Estaidéia também está presente em
a) Vendo os doentes na janela, a mulher do riso desdentado deu adeus
como na véspera.
b) Os doentes do Sanatorinho portavam-se como desejava o Simão,
intimidando-se.
c) Como a fulana nada prometera, Simão desesperava-se com a
enfermidade.
d) Simão não sabia como suportar o desejo incoercível que lhe
despertara a estranha criatura.
e) “Mas o Simão era um assassino. Como ele próprio dizia, sem ódio,
quase com ternura, ‘ matei um ‘ .”
7 – (UFPE) Observe:
1) A mochila ideal: o modelo que seu filho insistiu em ganhar pode
não ser o indicado. Vejaporquê.
2) Saiba porque somos a maior empresa de mudanças do
Brasil.
3)
Por que 40% dos
passageiros têm pavor de voar?
4) A clonagem de árvores faz a produção aumentar, porque as mudas mantêm as características da
planta doadora.
5) É fácil entender o porquê da estreita relação entre o destino
das línguas e o destino das culturas.
As expressões destacadas estão corretamente usadas em:
a) 3 e 4 apenas
b) 1,2,3,4 e 5
c) 3,4, e 5 apenas
d) 1, 4 e 5 apenas
e) 2,3 e 4 apenas
8 – (PUC-MG) Assinalea alternativa em que a mudança de posição do termo
sublinhado nãoimplique a possibilidade de mudança de sentido do enunciado.
a) Belo Horizonte já foi uma linda cidade.
Belo Horizonte já foi uma cidade linda.
b) Filho meu não irá para o exército.
Meu filho não irá para o exército.
c) Meu carro novo é maior.
Meu novo carro é maior.
d) Por algum dinheiro ele seria capaz de vender a
casa.
Por dinheiro algum ele seria capaz de vender a casa.
e) Com uma simples dose do medicamento ficou curada.
Com uma dose simples do medicamento ficou curada.
9 – (UFF)
TEXTO I
O “brasil” com b minúsculo é apenas um
objeto sem vida, autoconsciência ou pulsação
interior, pedaço de coisa que morre e não tem a
menor condição de se reproduzir como sistema;
como, aliás, queriam alguns teóricos sociais do
século XIX, que viam na terra – um pedaço perdido de
Portugal e da Europa – um conjunto doentio e
condenado de raças que, misturando-se ao sabor
de uma natureza exuberante e de um clima tropical,
estariam fadadas à degeneração e à morte
biológica, psicológica e social. Mas o Brasil com B
maiúsculo é algo muito mais complexo. É país,
cultura, local geográfico, fronteira e território
reconhecidos internacionalmente, e também casa,
pedaço de chão calçado com o calor de nossos
corpos, lar, memória e consciência de um lugar
com o qual se tem uma ligação especial, única,
totalmente sagrada. É igualmente um tempo
singular cujos eventos são exclusivamente seus, e
também temporalidade que pode ser acelerada na
festa do carnaval; que pode ser detida na morte e
na memória e que pode ser trazida de volta na boa
recordação da saudade. Tempo e temporalidade de
ritmos localizados e, assim, insubstituíveis.
Sociedade onde pessoas seguem certos valores e
julgam as ações humanas dentro de um padrão
somente seu. Não se trata mais de algo inerte, mas
de uma entidade viva, cheia de auto-reflexão e
consciência: algo que se soma e se alarga para o
futuro e para o passado, num movimento próprio
que se chama História. Aqui, o Brasil é um ser parte
conhecido e parte misterioso, como um grande e
poderoso espírito. Como um Deus que está em
todos os lugares e em nenhum, mas que também
precisa dos homens para que possa se saber
superior e onipotente. Onde quer que haja um
brasileiro adulto, existe com ele o Brasil e, no
entanto – tal como acontece com as divindades -
será preciso produzir e provocar a sua
manifestação para que se possa sentir sua
concretude e seu poder. Caso contrário, sua
presença é tão inefável como a do ar que se respira
e dela não se teria consciência a não ser pela
comparação, pelo contraste e pela percepção de
algumas de suas manifestações mais contundentes.
DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil?
Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p. 11-12
Assinale a opção que não apresenta relações de comparação, que
estejam lingüisticamente marcadas por conectivos comparativos:
a) “Como um Deus queestá em todos os lugares e em nenhum, mas que
também precisa dos homenspara que possa se saber superior e onipotente.”
(linhas 33-36)
b) “É igualmenteum tempo singular cujos eventos são exclusivamente
seus, e tambémtemporalidade que pode ser acelerada na festa do carnaval”
(linhas18-21)
c) “Aqui, o Brasil é um ser parte conhecido e parte misterioso, como
um grande e poderoso espírito.” (linhas 31-33)
d) “Onde quer quehaja um brasileiro adulto, existe com ele o Brasil
e, no entanto – talcomo acontece com as divindades – será preciso produzir e
provocar asua manifestação para que se possa sentir sua concretude e seu
poder.”(linhas 36-41)
e) “Casocontrário, sua presença é tão inefável como a do ar que se
respira edela não se teria consciência a não ser pela comparação, pelo
contrastee pela percepção de algumas de suas manifestações mais
contundentes.”(linhas 41-45)
Gabarito
c,b,d,a,a,a,c,a,b